DEGEO

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8 de ago. de 2011

A PERSPECTIVA DO IDOSO NO BRASIL


Cícero William patrício Tavares*
Tiago maia*


Introdução


Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2009), mostra que a expectativa de vida no País aumentou cerca de três anos entre 1999 e 2009. A nova expectativa de vida do brasileiro é de 73,1 anos. Entre as mulheres são registradas as menores taxas de mortalidade. Elas representam 55,8% das pessoas com mais de 60 anos. No período avaliado, a expectativa de vida feminina passou de 73,9 anos para 77 anos. Entre os homens, passou de 66,3 anos para 69,4 anos.
O envelhecimento da população mundial é um fenômeno novo, ao qual mesmo os países desenvolvidos ainda estão tentando se adaptar. O que era no passado uma marca de alguns poucos países passou a ser uma experiência crescente em todo o mundo.
Atualmente, os pesquisadores reconhecem que os avanços médicos contribuíram para o aumento da expectativa de vida da população; a razão principal para essa ampliação está associada a elevação da qualidade do nível de vida. Apesar de muito longe do ideal, se compararmos hoje com trinta ou quarenta anos atrás percebe-se uma melhoria nutricional, elevação dos níveis de higiene pessoal, melhores condições sanitárias em geral e, particularmente, condições ambientais no trabalho e nas residências muito mais adequadas que anteriormente.
A expressão envelhecimento pode ser observado na pirâmide populacional que se transforma, passando de um modelo de população em crescimento (forma piramidal) para um modelo de população estabilizada (forma "em barril) A expressão envelhecimento pode ser observado na pirâmide populacional que se transforma, passando de um modelo de população em crescimento (forma piramidal) para um modelo de população estabilizada (forma "em barril" ou retangularizada).Na Figura 1, observam-se as pirâmides populacionais para o Brasil no ano de 1940 (antes do acentuado declínio na mortalidade e fertilidade), em 1970 (já iniciado o processo de transição demográfica), e no ano 2000 (em que se projetam os efeitos decorrentes das alterações nas taxas de mortalidade e fertilidade neste final de século). Ficam nítidos a tendência a um estreitamento da base da pirâmide, devido à menor entrada de recém-nascidos na população, e um alargamento das porções média e superior, significando maior proporção de pessoas atingindo idades avançadas.
" ou retangularizada). Na Figura 1, observam-se as pirâmides populacionais para o Brasil no ano de 1940 (antes do acentuado declínio na mortalidade e fertilidade), em 1970 (já iniciado o processo de transição demográfica), e no ano 2000 (em que se projetam os efeitos decorrentes das alterações nas taxas de mortalidade e fertilidade neste final de século). Ficam nítidos a tendência a um estreitamento da base da pirâmide, devido à menor entrada de recém-nascidos na população, e um alargamento das porções média e superior, significando maior proporção de pessoas atingindo idades avançadas.




A Qualidade de Vida tem sido preocupação constante do ser humano, desde o início de sua existência e, atualmente, constitui um compromisso pessoal à busca contínua de uma vida saudável, desenvolvida à luz de um bem-estar indissociável das condições do modo de viver, como: saúde, moradia, educação, lazer, transporte, liberdade, trabalho, auto-estima, entre outras.
O termo qualidade de vida tem recebido uma variedade de definições ao longo dos anos e pode se basear em três princípios fundamentais: capacidade funcional, nível socioeconômico e satisfação, também pode estar relacionada com os seguintes componentes: capacidade física, estado emocional, interação social, atividade intelectual, situação econômica e autoproteção de saúde. Na realidade, este conceito varia de acordo com a visão de cada indivíduo. Para alguns, ela é considerada como unidimensional, enquanto, para outros, é conceituada como multidimensional (SANTOS; et al, 2002).
De acordo com VERAS( 2003.P.18)Em geral, as doenças dos idosos são crônicas e múltiplas, perduram por vários anos e exigem acompanhamento médico constante e medicação contínua. Além disso, a abordagem médica tradicional, focada em uma queixa principal, e o hábito médico de reunir as queixas e os sinais em um único diagnóstico, podem ser adequados ao adulto jovem, mas não ao idoso.
SILVESTRE ressalta: "(SILVESTRE; COSTA, 2003).Nesse sentido, a Política Nacional de Saúde do Idoso apresenta "como propósito basilar à promoção do envelhecimento saudável, a manutenção e a melhoria, ao máximo, da capacidade funcional dos idosos, a prevenção de doenças, a recuperação da saúde dos que adoecem e a reabilitação daqueles que venham a ter a sua capacidade funcional restringida, de modo a garantir-lhes permanência no meio em que vivem, exercendo de forma independente suas funções no contexto da sociedade.
A assistência ao idoso deve estar baseada na realidade assistencial a carência de médicos especialistas em idosos. Ou seja, o profissional a ser utilizado prioritariamente não deverá ser o geriatra, pois este praticamente inexiste. A assistência deverá ser exercida pelo médico clínico, reservando apenas para casos bem definidos e criteriosamente selecionados o atendimento do geriatra. Esse clínico geral ­ para que se possa exigir dele alta resolutividade e baixo custo ­ precisará de instrumentos, particularmente aqueles que permitam a identificação mais correta possível dos distúrbios, a fim de que ele seja capaz de saber como tratar e quando encaminhar para o profissional com treinamento específico em envelhecimento humano.
A população idosa é a que proporcionalmente consome mais serviços de saúde. No entanto, o nosso sistema de atenção precário e desorganizado não cria as condições para que esses recursos sejam utilizados melhor e mais adequadamente. Não que com isso os gastos em saúde com os idosos deixem de ser mais elevados nos países mais desenvolvidos; contudo, são aplicados de forma mais judiciosa e com maior resolutividade (VERAS, 2003).

Marcelo Cuellar, headhunter da Michael Page Internacional Brasil, confirma que as maiores oportunidades para as pessoas com 60 anos ou mais estão fora do mercado corporativo.
“As empresas preferem os jovens porque ficam com a sensação de que eles terão mais oportunidades de construírem uma carreira e ficarem eternamente ali”, afirma. “Mesmo que saibamos que isso não acontece na prática, esse ainda é o foco das contratações.”
Cuellar sugere que as pessoas da terceira idade busquem outras atividades, de preferência em áreas com as que se identifiquem.
“Se a pessoa é conhecedora da história da sua cidade, uma apreciadora da culinária ou ama animais, pode trabalhar com turismo, desenvolver guias ou montar seu próprio negócio”, orienta Cuellar.
As diferenças entre o Brasil e países europeus e mesmo em relação aos Estados Unidos, onde é mais comum que pessoas da terceira idade sigam trabalhando em lojas ou companhias aéreas, se explicam tanto por aspectos culturais como pela média de idade da população, explica Cuellar.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) alerta para a deficiência na oferta de serviços aos idosos no Brasil – inclusive de instituições de longa permanência, os chamados asilos.
“Uma das principais preocupações com o envelhecimento populacional é saber quem vai cuidar desses indivíduos”, diz Solange Kanso, pesquisadora do IPEA. “Com a diminuição do tamanho das famílias e a entrada das mulheres no mercado de trabalho, os dependentes ficam na berlinda, tanto os idosos como também as crianças.”
Ainda assim, a Constituição Brasileira determina que a família é a principal responsável pelo cuidado do idoso.
Atualmente, 65% das instituições de longa permanência no Brasil são filantrópicas e 6% são públicas. Todas estão concentradas em apenas 30% dos municípios brasileiros, portanto 70% das cidades não têm uma única instituição de longa permanência para idosos.

Este trabalho nos possibilitou um melhor entendimento sobre a perspectiva de vida do idoso no Brasil, fazendo com que a sociedade venha buscar se adaptar com esse novo meio de organização populacional existente no país.

Referencias Bibliográficas

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acesso em: 22 de jul. de 2011.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) 2009. acesso em: 22 de jul. 2011
1. VERAS, R. Em busca de uma assistência adequada à saúde do idoso: revisão da literatura e aplicação de um instrumento de detecção precoce e de previsibilidade de agravos. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, Jun. 2003, 19 (3).
5. SANTOS, S.R.; SANTOS, I. B. C.; FERNANDES, M. G. M.; HENRIQUES, M. E. R. M. Qualidade de vida do idoso na comunidade: aplicação da escala de Flanagan. Rev Latino-am. Enfermagem, Ribeirão Preto, Nov./Dez. 2002, 10 (6).
6. SILVESTRE, J. A.; COSTA Neto, M. M. Abordagem do idoso em programas de saúde da família. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, Jun. 2003, 19 (3).
7. COSTA, M. F. L.; VERAS, R. Saúde pública e envelhecimento. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, Jun. 2003, 19 (3).

Graduandos do Curso de Geografia do IV – Semestre
Disciplina – Geografia da População
Professor – João Ludgero Sobreira Neto

Um comentário:

  1. O ARTIGO ABORDA UM ASSUNTO BASTANTE INTERESSANTE,PORÉM IDENTIFICAMOS ALGUMAS FALHAS NA ESTRUTURA DO SEGUINTE ARTIGO,TAIS COMO; A FALTA DO RESUMO EM SI QUE ABORDA A IDEIA CENTRAL,AS PALAVRAS-CHAVE,A FALTA DE COMENTARIOS PROPRIOS SOBRE ASSUNTO;MAS MESMO ASSIM GOSTAMOS DA TEMATICA ABORDADA. FOI APRESENTADA COM CITAÇÕES DE ALGUNS AUTORES SOBRE O ASSUNTO,TEVE DADOS ESTATISTICOS,ENFIM. É UM ASSUNTO QUE REALMENTE NECESSITA DE ATENÇÃO.

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